O tabagismo é reconhecido como uma doença epidêmica que mata anualmente mais de cinco milhões de pessoas, entre fumantes ativos e passivos. Para alertar a população sobre este mal, a Organização Mundial da Saúde (OMS) instituiu em 1987 o Dia Mundial sem Tabaco, comemorado em 31 de maio.
O consumo de tabaco e seus derivados é a principal causa de morte evitável em todo o mundo, sendo responsável por 63% dos óbitos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis. Isso porque, a dependência obriga os fumantes a inalarem mais de 4.720 substâncias tóxicas como monóxido de carbono, amônia, cetonas, formaldeído, acetaldeído, acroleína, além de 43 substâncias cancerígenas, sendo as principais o chumbo, resíduos de agrotóxicos e substâncias radioativas.
“Ao ser inalada, a nicotina presente no cigarro produz alterações no sistema nervoso central, modificando assim o estado emocional e comportamental dos indivíduos, da mesma forma como ocorre com a cocaína, heroína e álcool. Ou seja, causa dependência física, psicológica e comportamental semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas”, alerta o Instituto Nacional do Câncer, destacando ainda que apesar de o cigarro ser o primeiro da lista quando se pensa em tabaco, todos os derivados dessa planta, que podem ser usados nas formas de inalação (cigarro, charuto, cachimbo, narguilé, cigarro de palha), aspiração (rapé) e mastigação (fumo-de-rolo), são nocivos à saúde.
Estima-se que no ano de 2030 serão registradas 8 bilhões de mortes atribuídas ao tabaco.
Dados relevantes (INCA)
O tabagismo é responsável por 85% das mortes por doença pulmonar crônica (bronquite e enfisema), 30% por diversos tipos de câncer (pulmão, boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga, colo de útero, estômago e fígado), 25% por doença coronariana (angina e infarto) e 25% por doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral);
Além de estar associado às doenças crônicas não transmissíveis, o tabagismo também é um fator importante de risco para o desenvolvimento de outras doenças, tais como tuberculose, infecções respiratórias, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose, catarata, entre outras doenças.
No Brasil, como resultado das importantes ações de controle do tabaco desenvolvidas, a prevalência de tabagismo vem diminuindo ao longo dos anos. Em 1989 o percentual de fumantes de 18 anos ou mais no país era de 34,8%. Já em 2013, de acordo com pesquisa mais recente para essa mesma faixa etária em áreas urbanas e rurais, este número caiu para 14,7%. Os resultados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar do IBGE (2012) mostraram que 29,8% dos estudantes brasileiros que frequentavam o 9º ano do Ensino Fundamental informaram que pelo menos um dos seus responsáveis era fumante. Nos jovens, a última pesquisa realizada em 17 cidades brasileiras demonstrou que a prevalência de estudantes que fumavam regularmente foi muito similar à encontrada nos adultos.
Então, o que você está esperando para deixar de fumar?